domingo, 24 de junho de 2012

Delta do Nilo

A foto de satélite mostra a foz do rio Nilo,no Egito. O Nilo estende-se por 6,7 mil km. Além do Delta do Nilo é possível visualizar a Península do Sinai e o Canal de Suez que interliga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.

A SIDA no Mundo - sida , hiv

Segundo a UNAIDS («Joint United Nations Programme on HIV/AIDS»), estima-se que no final de 2005 cerca de 40.3 milhões de pessoas viviam com a infecção pelo VIH. Destes, 17.5 milhões são mulheres e 2.3 milhões são crianças com idade inferior a 15 anos. Cerca de 4.9 milhões adquiriram a infecção durante o ano de 2005, tendo morrido 3.1 milhões de pessoas devido a esta infecção durante o mesmo ano. Durante o ano de 2005 ocorreram cerca de 14 000 novas infecções por dia. Mais de 95% ocorreram em países em desenvolvimento. Quase 2000 ocorreram em crianças com menos de 15 anos. Cerca de 12 000 ocorreram em pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 49 anos, das quais cerca de 50% entre os 15 e os 24 anos e quase 50% em mulheres. O número de pessoas com infecção VIH tem vindo a aumentar ao longo dos anos em todo o Mundo. Nos anos de 2003 e 2004 assistiu-se a um aumento da incidência da infecção mais acentuado na Ásia Oriental (aumento de cerca de 50%, atribuído largamente ao crescimento da epidemia na China) e na Europa de Leste e Ásia Central (aumento de 40%, para o qual contribuíram maioritariamente o número de casos na Ucrânia e na Federação Russa). A única região do Mundo onde não se verificou aumento da prevalência da infecção em 2005, comparativamente a 2003, é as Caraíbas. A África sub-Sahariana permanece a região do Mundo mais atingida com 25.8 milhões de pessoas infectadas no final de 2005, cerca de mais um milhão comparativamente a 2003. Cerca de dois terços dos infectados com VIH vivem na África sub-Sahariana, assim como 77% das mulheres infectadas. A epidemia na África sub-Sahariana parece estar a estabilizar, com uma taxa de prevalência de cerca de 7.2% em toda a região. No entanto, dada a grande heterogeneidade das várias regiões da África sub-Sahariana, existem locais onde a prevalência está a diminuir e outros onde aumenta assustadoramente. Por outro lado, a estabilidade da prevalência da infecção significa que o número de pessoas que adquirem a infecção de novo é semelhante ao número de pessoas que morrem como resultado da infecção. Estima-se que, durante os anos de 2005, tenham morrido 2.4 milhões de pessoas com infecção pelo HIV nesta região, enquanto cerca de 3.2 milhões contraíram a infecção durante o mesmo ano. Na Europa Ocidental e Central e na América do Norte a maioria das infecções VIH foram adquiridas por via homossexual ou pelo uso de drogas injectáveis. No entanto, nos últimos anos uma proporção cada vez maior das infecções é adquirida através de contacto heterossexual sem utilização de preservativo. Nos 12 países da Europa Ocidental com dados sobre infecções VIH diagnosticadas de novo, o diagnóstico de infecções adquiridas por via heterossexual aumentou em 122% entre 1997 e 2002. Uma grande percentagem destes novos diagnósticos é efectuada em pessoas oriundas de países com grande incidência da infecção, principalmente países da África sub-Sahariana. O diagnóstico de novas infecções em homossexuais do sexo masculino aumentou em 22% na Europa Ocidental entre 2001 e 2002. Desde 2002, o número global anual de novas infecções em homossexuais do sexo masculino na Europa Ocidental diminuiu ligeiramente (de 5453 em 2002 para 5075 em 2004). No entanto, na Bélgica, Dinamarca, Portugal e Suiça houve um ligeiro, e na Alemanha um significativo, aumento. Embora o uso de drogas injectáveis seja responsável por um número decrescente de novas infecções na maioria dos países da Europa Ocidental, permanece um factor epidemiológico importante em países como Itália, Portugal e Espanha e em algumas cidades de outros países. No entanto, em Portugal o número de novas infecções em toxicodependentes diminuiu de 2400 em 2000 para 1000 em 2004. C erca de 50% dos casos diagnosticados em 2002 em Portugal foi em toxicodependentes, enquanto em mais de 40% o comportamento de risco foi heterossexual. Continua a verificar-se um aumento da proporção de mulheres infectadas. Em 2005, 17.5 milhões de mulheres vivem com esta infecção – um milhão mais do que em 2003. Treze milhões e meio destas mulheres vivem na África sub-Sahariana. O crescente impacto da epidemia nas mulheres também é aparente no Sul e Sudeste asiático (onde existem quase dois milhões de mulheres infectadas), assim como na Europa de Leste e na Ásia Central. A maioria das mulheres no Mundo é infectada devido ao comportamento de risco do seu parceiro sexual sobre o qual têm pouco ou nenhum controle. http://www.roche.pt/sida/estatisticas/mundo.cfm

Dica de leitura

“The State of Africa”, de Martin Meredith: Cada capítulo dá o enfoque de um país durante o período da segunda metade do século XX, ilustrando a política após o processo de descolonização africana.

Realidade da África é tema de exposição em Porto Velho

São 30 fotografias que revelam a simplicidade do povo africano. A Mostra é gratuita e segue até dia 13 de julho. Alessandra Curado Do G1 RO. Foi inaugurada nesta sexta-feira (22), na Casa de Cultura Ivan Marrocos, em Porto Velho, a exposição fotográfica “África, essa sou eu”, da artista plástica Maria Regina. A mostra foi organizada com a disposição de 30 registros que retratam parte do continente Africano. De acordo com Maria Regina, o trabalho é resultado de uma viagem sem propósitos artísticos. “Fui a passeio, conhecer de perto a triste realidade de um povo tão sofrido, mas me surpreendi ao ver crianças que esbanjam uma alegria incomparável mesmo com os inúmeros problemas, principalmente a fome. Eu estava apenas com uma câmera amadora, porém, meu lado artístico não permitiu que eu ficasse quieta diante daquela realidade”, relatou. Centenas de pessoas apreciaram a obra. A artista plástica e curadora da Casa de Cultura, Ângela Schilling, assistia à exposição admirada com o trabalho da colega. “Regina teve uma alta sensibilidade no memento em que realizou o registro. Isso é algo característico do artista. Ela conseguiu denotar um contraste, mostrando que a África é um continente colorido, apesar do grande sofrimento dos seus filhos”, analisou Schilling. Wagner Ricardo é presidente da Federação dos Cultos Afros Religiosos, Umbanda e Ameríndios do Estado de Rondônia (Fecauber) e disse que, como representante da classe, não poderia deixar de conhecer um pouco mais sobre a realidade do povo africano retratado por uma artista do Estado. “Está é a representação de uma cultura viva. A artista soube repassar uma África diferente, alegre e cheia de cor”, disse. A mostra é gratuita e ficará em exposição até o dia 13 de julho. Vale a pena conferir esta dica do site http://g1.globo.com

Está na corrida para fincar pé na África Paula Adamo Idoeta Da BBC Brasil em Londres Atualizado em 9 de maio, 2012 - 05:50 (Brasília) 08:50 GMT

Presença brasileira é mais forte em Angola e Moçambique O Brasil ainda abocanha uma parcela pequena das oportunidades de negócios na África, mas tenta ampliar seus investimentos para "fincar o pé" no continente. Para alguns analistas, porém, o país ainda está perdendo chances de crescer no outro lado do Atlântico. Segundo estudo recém-lançado pela consultoria Ernst & Young, o Brasil está no fim da lista dos 30 maiores investidores da África, respondendo por apenas 0,6% dos novos projetos de investimentos diretos estrangeiros (FDI, na sigla em inglês) no continente entre 2003 e 2011. Notícias relacionadas Angola 'bate' europeus e americanos e terá tecnologia de celular 4G Dilma visita Angola, principal destino de investimentos brasileiros na África Angola cresce enquanto países ricos trilham caminho da insensatez, diz Dilma Em comparação, os EUA abocanharam 12,5% dos novos projetos; a China (Hong Kong incluída), 3,1%; e a Índia, 5,2%. Na última quinta-feira, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realizou seminário, no Rio, para debater a cooperação com o continente africano. Na ocasião, o banco BTG Pactual afirmou a intenção de captar US$ 1 bilhão para investimentos do setor privado brasileiro na África, em áreas como energia, infraestrutura e agricultura, relata O Estado de S. Paulo. A Eletrobrás também estuda hidrelétricas em Angola e Moçambique, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, pediu mais aportes do G20 (grupo das maiores economias do mundo) ao Banco Africano de Desenvolvimento. Investimentos e o desenvolvimento do continente africano também serão debatidos pelo Fórum Econômico Mundial, em reunião na Etiópia, entre quarta e sexta-feira, que tem como tema as transformações em curso na África. 'Perdendo oportunidades' Os investimentos brasileiros em terras africanas cresceram 10,7% entre 2007 e 2011, mas em índices menores que outros emergentes - a taxa da Turquia, por exemplo, foi de 49,5% no período, aponta o relatório. "Nossa visão é de que as companhias brasileiras estão perdendo oportunidades na África", disse à BBC Brasil Michael Lalor, diretor do Africa Business Center da Ernst & Young. "Foram 33 projetos de investimento estrangeiro direto do Brasil na África desde 2003 - menos de 1% do total." E, com o crescimento do mercado consumidor africano, "surpreende que empresas brasileiras de consumo - serviços financeiros, varejo, telecom - não estejam mais ativos no continente", agregou. Para o executivo, há também expectativas de que o Brasil "use seu expertise em biocombustíveis para investir mais fortemente nisso". Já há alguns ensaios nesse sentido. Em 2011, as empresas brasileiras Guarani e Petrobras assinaram um memorando de intenções de estudar a viabilidade de produzir biocombustível em Maputo, Moçambique. Laços históricos "O Brasil tem laços históricos e significativos com partes do continente", ressaltou Ajen Sita, presidente-executivo da E&Y na África, em referência aos fortes investimentos brasileiros em países de língua portuguesa, como Moçambique e Angola, visitados pela presidente Dilma Rousseff no ano passado. O primeiro país abriga empreendimentos da Vale e da Odebrecht, uma das maiores empregadoras locais; o segundo é o maior receptor dos investimentos brasileiros no continente (R$ 7 bilhões, segundo estimativas de 2011 da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola). Empresas como Petrobras e construtoras como Odebrecht e Andrade Gutierrez têm operações sólidas ali. Indo além da África lusófona, porém, a presença brasileira ainda é tímida. "O Brasil ainda não investe (o suficiente) para fincar seu pé de uma maneira mais abrangente na África", agregou Ajen Sita. Mas, para a diretora reginal da África da Economist Intelligence Unit, Pratibha Thaker, o Brasil está seguindo um curso natural. "Não acho que o país tenha desperdiçado oportunidades. Começou com os países de língua portuguesa e agora está avançando para outros - por exemplo a África do Sul, onde mira o varejo e a agricultura", afirmou à BBC Brasil. "É a primeira vez que o continente africano está sendo encarado com seriedade pelo mundo (como um polo de oportunidades). E o Brasil, ao contrário da China, é bem visto por sua tendência a empregar mão de obra local, transferir tecnologia." Ela adverte, porém, que espaços não ocupados por outros países na África serão tomados por investimentos chineses e indianos. Avanços e recuos da África Demanda por infraestrutura ainda é grande no continente africano O relatório da Ernst & Young aponta que, entre 2010 e 2011, cresceu 27% o número de projetos financiados por investimento direto estrangeiro na África. Os principais receptores são África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia, Nigéria e Angola. Mesmo assim, o continente abocanha apenas 5,5% do total dos investimentos estrangeiros - algo que, na opinião de Ajen Sita, "não reflete o potencial econômico da África". Isso é atribuído à desconfiança de muitos investidores com relação à instabilidade política, à corrupção e às dificuldades em fazer negócios atribuídas aos países africanos. No levantamento feito pela E&Y, empresários sem presença na África veem a região como "a menos atrativa para negócios do mundo". No entanto, diz a consultoria, quem já faz negócios na África tende a melhorar sua percepção sobre o continente e a considerá-lo quase tão atrativo quanto a Ásia. Também cresce o volume de negócios entre países africanos, enquanto velhos desafios permanecem: a infraestrutura continental é deficiente e requer investimentos de mais de US$ 90 bilhões, apontou Sita. Outro antigo desafio é a estabilidade continental - um problema antigo que atualmente se manifesta com os levantes da Primavera Árabe e com golpes de Estado em países como Mali e Guiné-Bissau. Em resposta a isso, o relatório da E&Y afirma que, apesar de focos de conflitos, "a democratização africana é algo real, com os Estados unipartidários se tornando cada vez mais a exceção, em vez de a regra".